sábado, 20 de junho de 2009

Rock brasiliense

A história do rock de Brasília contada em livro

Jornalista reúne depoimentos da turma de curtidores do punk rock da cidade que daria origem a bandas como Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial e Plebe Rude.

- Alô, Babu, é o Renato. Você sabe tocar baixo?
- Não, Renato, só sei tocar alto.
- Rá, rá, rá, tá! Tá bom, tchau.

E assim, por causa de uma piada boba, Babu perdeu a chance de tocar com a Legião Urbana, que poucos anos depois se tornaria uma das maiores bandas de rock no Brasil. Essa é apenas uma das histórias que o jornalista Paulo Marchetti, 30 anos de idade, conta no livro O Diario da Turma 1976/1986: A Historia do Rock de Brasilia, que sai em breve pela editora Conrad e que terá lançamento dia 22 de junho, no Espaço Cultural Renato Russo (ex-Teatro Galpão), na 508 Sul, em Brasília. Durante a festa, uma banda montada especialmente para a ocasião tocará as músicas de alguns dos grupos retratados no livro.


Capital Inicial


Paralamas do Sucesso


Legião Urbana


Plebe Rude


Detrito Federal

O ano de 1976 é aquele em que saem nos Estados Unidos e na Inglaterra os primeiros discos do punk rock - aqueles que irão influenciar os garotos de Brasília a montar suas bandas. E 1986 é quando as bandas que se destacaram na cena - Legião Urbana, Plebe Rude, Capital Inicial - já estão todas fora da cidade, tocando suas carreiras em meio à explosão do Rock Brasil. Nesses 10 anos se desenrola a história, que é recuperada por Paulo na forma do entrelaçamento de depoimentos das várias das pessoas envolvidas, mais ou menos como no livro Mate-Me por Favor, que retrata a cena punk inaugural, de Nova Iorque.

O jornalista entrevistou mais de 100 pessoas para o livro, 60 das quais acabaram entrando no livro. Algumas conhecidas, como Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá (Legião), Herbert Vianna e Bi Ribeiro (Paralamas, que só seria formado no Rio de Janeiro), Dinho, Lôro, Fê e Flávio Lemos (Capital Inicial), Phillipe Seabra e André Muller (Plebe Rude) e o irmão de André, Bernardo (da Escola de Escândalo). Mas ele também foi atrás de pessoas que não chegaram ao estrelato, como Boticão, Ana Resende, Marta, Cris e o (agora) lendário Babu. Alguns foram bem difíceis de ser achados, como o iugoslavo Sava (que voltou para sua terra) e Iko Ouro Preto, irmão de Dinho, que muito brevemente tocou guitarra na Legião e hoje é fotógrafo em Paris.

Dia de feriado



Coisa boa não?

E no fim de semana..

Numa tarde de domingo, pessoas caminham entre a Torre de TV e a Rodoviária. Ao fundo, o Congresso.

Cerrado - Fauna e Flora

Se bem que ainda incompletamente conhecida, a flora do Cerrado é riquíssima.Tomando uma atitude conservadora, poderíamos estimar a flora do bioma do cerrado como sendo constituída por cerca de 3.000 espécies, sendo 1.000 delas do estrato arbóreo-arbustivo e 2.000 do herbáceo-subarbustivo. Como famílias de maior expressão destacamos as Leguminosas (Mimosaceae, Fabaceae e Caesalpiniaceae), entre as lenhosas, e as Gramíneas (Poaceae) e Compostas (Asteraceae), entre as herbáceas.






Em termos de riqueza de espécies, esta flora deve ser superada apenas pelas florestas amazônicas e pelas florestas atlânticas. Outra característica sua é a heterogeneidade de sua distribuição, havendo espécies mais típicas dos Cerrados da região norte, outras da região centro-oeste, outras da região sudeste etc. Por esta razão, unidades de conservação, com áreas significativas, deveriam ser criadas e mantidas nas mais diversas regiões do Domínio do Cerrado, a fim de garantir a preservação do maior número de espécies da flora deste Bioma, bem como da fauna a ela associada.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Aspectos positivos e negativos de Brasília

Os Lados Bons e Ruins de Brasília:

* Aspectos Positivos:
o ar praticamente não poluído;
o grandes áreas verdes;
o o céu em Brasília é muito bonito, e lindos entardeceres são algo comum;
o o sistema educacional e o sistema de saúde costumam ser considerados como estando entre os melhores do Brasil.

* Aspectos Negativos:
o o preço das casas e dos apartamentos (tanto para compra quanto para aluguel) é muito elevado, comparado ao de outras cidades brasileiras;
o o transporte público é ineficiente. O sistema de ônibus tem inúmeras deficiências e é caro; a construção do metrô caminha a passos lentos devido a falta de recursos (e a área efetivamente servida pelo metrô é também muito pequena). Como conseqüência, a maioria das pessoas que possuem carros usa pouco (ou sequer usa) o transporte coletivo;
o as pessoas de outras cidades costumam estranhar a pequena quantidade de pessoas que podem ser encontradas nas ruas, bem como as grandes distâncias entre os edifícios;
o as cidades satélites mais novas têm pouquíssimas áreas verdes, ao contrário das cidades satélites mais antigas e do próprio Plano Piloto;
o vários dos edifícios públicos mais famosos, embora esteticamente belos, são considerados pouco funcionais.

* Não deixe ler os textos Você sabe que é brasiliense quando... e Você sabe que virou brasiliense quando...

* Talvez em qualquer cidade seja mais fácil achar pontos negativos do que positivos. Embora tenhamos escrito mais pontos negativos, gostamos de viver aqui, e não gostaríamos de nos mudar para nenhuma outra cidade. A maioria da população de Brasília também gosta muito da cidade - pelo menos, é o que dizem as pesquisas. :)

Você sabe que é brasiliense quando:

(Texto inicial provavelmente dos anos 80, autor desconhecido, com várias alterações posteriores)

* Você se sente confortável com umidade de 12%.
* Você acha que todo lugar tem árvore com tronco torto.
* Você se sente à vontade com endereços em coordenadas cartesianas.
* Você vê alguém fazer uma barbeiragem no trânsito e diz: "Êeee goianada!"
* Você acha que a natureza não fez mais que a obrigação quando você contempla um pôr-do-sol cinematográfico.
* Você sabe qual é a profecia de Dom Bosco.
* Você classifica "montanha" como substantivo abstrato.
* Você acha que casa em forma de pirâmide é normal.
* Sua loja favorita era a Bi-Ba-Bô ou a Fofi.
* Vê as crianças descerem para brincar "debaixo do bloco".
* Você conhece os ministros e deputados como "O pai de Fulaninho".
* Você de fato pára o carro na faixa de pedestre.
* Ouve dizer "é bem pertinho" e pensa em 50 km.
* Mais da metade da sua família é servidor público.
* Você sabe quem é Venâncio.
* Ao dirigir, você fica meio paranóico com os limites de velocidade.
* Você tem medo de jogar lixo pela janela do carro.
* Você sabe que pardal não é apenas uma ave.
* Cada semana você tem um churrasco diferente para ir.
* Você vê o dia começar frio e nublado e acha perfeitamente normal que as onze esteja fazendo um sol de rachar, às cinco da tarde esteja desabando um temporal e à noite faça um calor sufocante, isto além de a chuva ter iniciado e parado cinco vezes durante o dia.
* Você não tem a menor noção do que seja uma rua de paralelepípedos.
* Você acha que uma casa com piscina é a coisa mais normal do mundo
* "Camelo" pra você é bicicleta.
* Chama o Parque da Cidade de Pitón.
* Até hoje chama o mercado Pão de Açúcar de "Jumbo"
* Você sabe que o "Ir ao Gilberto" não quer dizer ir visitar ninguém.
* Você dorme, ao menos durante três meses do ano, com uma toalha molhada, umidificador e bacia d'água no quarto e acha tudo muito normal.
* Quando param as chuvas, você escuta: "esse ano a seca vai ser brava!". Quando começam as chuvas, você escuta: "esse ano vai chover como nunca!"
* Você comemora a primeira chuva de setembro.
* Você sabe que a tesourinha não corta nada e que o balão não tem ar.
* A frase 'conhece alguém do "I" da 2?' faz perfeito sentido pra você.
* Você sabe da rivalidade latente entre os estudantes do Objetivo/Marista (boyzinhos) e os do Sigma (bando de maconhêro!)
* Você conhece ao menos uma música do Capital Inicial, e sabe o que eles querem dizer com Musica Urbana.
* Você sabe o que querem dizer quando falam da Zoom, da Scaramouche e da 109.
* Você diz "Vou ao shopping" sabendo que isso só pode significar ir ao Parkshopping.
* Você reclama para o amigo: "não tem nada para fazer nessa cidade."
* Fica indignado quando alguém de fora reclama que em Brasília não tem nada para fazer.
* Você já foi convidado para passar um final de semana na Chapada dos Veadeiros.
* Pelo menos cinquenta pessoas que você conhece fazem ou já fizeram Direito.

* Desconhecemos o nome do autor da versão original do texto acima.

E na versão original, de muitos anos atrás, também tinha...

* Sua loja favorita é a Bi-Ba-Bô ou a Fofi.
(faz tempo, hein? Cuidado para não entregar tua idade...)
* Você chama o Parque da Cidade de "Pithón".
* Você vê as crianças descerem para brincar "debaixo do bloco" .
(é, isso foi antes da era do computador, do videogame e da TV a cabo!)
* Você reclama para um amigo: "não tem nada para fazer nessa cidade".
* Fica indignado quando alguém de fora reclama que em Brasília não tem nada para fazer!
(e pior que não tinha mesmo, lembra?)

Algumas curiosidades sobre Brasília

· As superquadras existentes por ocasião da inauguração da cidade incluíam:

  • as Superquadras Sul (SQS) 105, 106, 107 e 108 (completas);
  • vários blocos das SQS 104, 304, 306, 206 e 208;
  • os blocos de 3 andares sem pilotis das SQS 409 a 413;
  • as SQS 308 e 114 (estas duas, em construção).

Atualmente (1997) todas as superquadras da Asa Sul estão completas ou semi-completas, mas na Asa Norte ainda há várias superquadras "virgens", sem um único edifício construído sequer.

· O conjunto residencial do Parque Guinle, no Rio de Janeiro, é considerado um precursor das superquadras de Brasília. Os edifícios localizados na entrada do Parque têm inclusive uma arquitetura externa semelhante à de uma das quadras originais do Plano Piloto, a SQS 105.

· A "Mensagem de Anápolis", propondo a construção de Brasília, poderia ter sido a "Mensagem de Goiânia". Em sua primeira viagem à Amazônia, Juscelino devia passar por Goiânia, onde seria assinada a mensagem ao Congresso Nacional. Porém, o mau tempo fez com que o avião aterrizasse em Anápolis...

· No começo, a arborização da cidade era feita com muitas espécies de árvores, como flamboyants, espatódias e sibipirunas, que hoje não são mais plantadas, embora ainda embelezem grande parte da cidade. Hoje em dia, só são plantadas as chamadas "espécies do cerrado".

· A iluminação pública original da cidade era com lâmpadas fluorescentes. Na mesma época, a iluminação de cidades como Rio e São Paulo era bem mais antiga, e com lâmpadas incandescentes. No Rio e em São Paulo, trocou-se a iluminação inteira, inclusive os postes, quando se passou para a iluminação a vapor (de sódio ou de mercúrio) atual. Em Brasília, quando no final dos anos 70 substituiu-se a iluminação fluorescente pelo vapor de mercúrio, mantiveram-se os postes originais, mais baixos e mais espaçados do que o que se costumava usar nos sistemas de iluminação novos da época. Este é um dos motivos pelos quais muitas ruas e avenidas de Brasília são mais mal-iluminadas que suas similares de outras cidades brasileiras.

· Em revistas e livros mais antigos sobre Brasília, é comum encontrar-se fotos invertidas. Ou seja, fotos nas quais o lado esquerdo foi trocado pelo direito, como num espelho. Como tais fotos eram feitas em filme positivo (slide) era fácil invertê-las. Não sei se as inversões eram acidentais ou propositais (para se conseguir um efeito estético melhor). De qualquer forma, se você achar uma foto antiga de um local conhecido e não conseguir se localizar nela, experimente colocar a foto em frente a um espelho e ver o reflexo da mesma...

· Na prática, a palavra "Brasília" pode ter vários significados:

  1. Administrativamente, "Brasília" é apenas uma das mais de vinte Regiões Administrativas do Distrito Federal. Em termos urbanos, a R.A. de Brasília compreende as Asas Sul e Norte e a área central do Plano Piloto.
  2. Brasília também seria a parte correspondente à cidade originalmente prevista, o que compreenderia três regiões administrativas: "Brasília", "Lago Sul" e "Lago Norte".
  3. Para muitos moradores do DF, locais como Setor Octogonal e Setor Sudoeste também seriam parte de Brasília, e não "cidades satélites".
  4. Finalmente, o termo "Brasília" também é muitas vezes usado para significar o conjunto do "Plano Piloto" e de todas as cidades satélites (ou seja, estariam incluídos os núcleos urbanos de todas as Regiões Administrativas do DF).

* "Brasília", portanto, tem um significado que na prática depende do critério que se considera - administrativo, urbanístico, social, etc.

· A Plataforma Rodoviária (na junção dos Eixos Rodoviário e Monumental) foi inaugurada em 12/09/60, ainda por JK. Originalmente, servia de terminal tanto para os ônibus urbanos quanto para os interestaduais. Quando a Rodoviária se tornou pequena para acumular as duas funções, os ônibus interestaduais foram para a nova Estação Rodoferroviária, no extremo oeste do Eixo Monumental. Portanto, até hoje inclusive, Brasília jamais teve um terminal exclusivo para ônibus interestaduais.

· Na época da inauguração, havia apenas 11 edifícios de Ministérios. Hoje são 17 edifícios, além dos dois que têm desenho arquitetônico específico (os prédios do Ministério da Justiça e do Itamaraty).

· Algumas modificações foram feitas no Plano Piloto, entre sua apresentação por Lúcio Costa e o início da construção. Entre elas:

  • Foram acrescentadas as quadras de blocos de 3 andares, mais populares, as superquadras 400;
  • Foi adicionado o setor de casas geminadas, as 700;
  • O setor central foi alargado, englobando as quadras de final "01";
  • O local da Praça dos Três Poderes foi deslocado mais para o leste.

· A junção das avenidas W-3 Sul e W-3 Norte, no final dos anos 70 (ou no início dos anos 80 - não conseguimos precisar a data), foi outra mudança importante do traçado original do Plano Piloto. Com as novas pistas, foi removida a fonte sonora que havia no local. Lembrada com saudades por muitos, a bela e colorida fonte era um dos principais cartões postais da cidade nos anos 60 e 70. A nova Fonte Luminosa só voltaria a funcionar em setembro de 1998, voltando a ser desativada logo depois.

A fonte luminosa não foi a única coisa que Brasília deixou de ter. Também poderíamos lembrar de estabelecimentos comerciais tradicionais, que já não existem mais ou mudaram bastante:

· O Arabeske, que era um importante bar localizado na mesma rua do Beirute (109 sul), tem seu lugar hoje ocupado por mais uma loja de equipamentos elétricos.

· A Bibabô, um grande magazine localizado na 508 sul (praticamente desde a inauguração de Brasília), mudou seu nome para "Pick and Take" e pouco tempo depois, em 1998, encerrou suas atividades.

· A Caderneta de Poupança Colméia faliu nos anos 80. Quem morava em Brasília nos anos 70 deve ainda se lembrar dos comerciais da Colméia nas TVs da cidade.

· O Restaurante Chez Willy e o Restaurante e Boite Macumba fecharam ainda nos anos 60.

· A Casa do Barata, que ficava na 506 sul, fechou nos anos 90.

· A Fofi ainda existe, mas agora é uma loja de artigos infantis.

· A SAB era uma importante rede de supermercados, os quais foram progressivamente fechando (os prédios atualmente são ocupados por outros supermercados). As últimas lojas da SAB (Sociedade de Abastecimento de Brasília) encerraram suas atividades em 1998.

· O Slaviero da 505 sul alugou a maior parte de seu prédio, do qual ocupa ainda a parte correspondente à concessionária de veículos de mesmo nome. O supermercado "Bom Motivo", uma loja independente, aluga atualmente o local do antigo Supermercado Slaviero.

Algumas fotos de Brasília

Vista aérea do Guará II
Vista aérea do Guará II

Decoração da Esplanada no Natal
Iluminação de Natal na Esplanada dos Ministérios

Rodoviária do Plano Piloto
Vista da rodoviária de Brasília (rodoviária do Plano Piloto) à noite

Compare !

Brasília vista da Torre de TV - em 2004 e no final dos anos 60

Economia de Brasília

As principais atividades econômicas de Brasília são: o comércio, os serviços, a Administração Pública, a agricultura e a indústria.
Sua função primordial é a de abrigar a sede do Governo Federal, isto é, funções
administrativas.

O Plano Piloto de Brasília é classificado como um dos locais que concentra os
maiores índices de renda per capita do País. A maior parte das indústrias se localiza nas Cidades-satélites, e com incentivo para as que não são poluentes como a indústria de softwares, de cinema, vídeo, geologia, entre outras.
Desenvolve-se também a pecuária extensiva de corte, sendo seu gado bovino (107 mil) o que mais se destaca.
Na agricultura destaca-se a laranja, o milho e hortigranjeiros.
No extrativismo mineral destacam-se as águas minerais e calcáreo.

A economia do Distrito Federal está mudando de perfil e o setor privado está suplantando o setor público. Por meio de incentivos fiscais, o governo distrital quer trazer, em 2000, para seu parque industrial pelo menos 60 empresas, especialmente das áreas de alimentos, tecnologia de ponta (produção de software) e de comércio em geral. A previsão é de que sejam criados uma média de 20 mil empregos.

População de Brasília

Características da população



População – 2.383.784 - 2006.
Densidade: 410,9 hab./km2 (2006).
Cresc. dem.: 2,8% ao ano (1991-2006).
Pop. urb.: 94,8% (2004).
Domicílios: 675.709 - 2005; carência habitacional: 111.422 (2006).
Acesso à água: 91,0%; acesso à rede de esgoto: 94,3% (2000).
IDH: 0,844 (2000).


O Distrito Federal apresenta a maior renda per capita do Brasil - mais que o dobro da média nacional, segundo informações do Ipea. O desemprego, contudo, atinge 21% da população economicamente ativa de acordo com informações do governo local. Os trabalhadores menos qualificados das cidades-satélites - regiões administrativas ao redor de Brasília - são os mais afetados. Mesmo assim, a desigualdade social no Distrito Federal é mais equilibrada que a média do país. A população com renda mais baixa, equivalente a 45% da população ocupada do Distrito, detém quase um terço da renda da região. No país, as pessoas com renda mais baixa - 50% dos brasileiros ocupados - representam apenas 14% da renda nacional, de acordo com o IBGE.



Embora sua densidade demográfica seja a mais alta do Brasil, de 410,9 habitantes por km2, o risco de uma explosão populacional parece afastado. Números do IBGE e do GDF mostram que a taxa de crescimento demográfico recua de 14,4% na década de 60 para 2,8% em 2006. O contrário, porém, acontece nas cidades-satélites, especialmente Santa Maria, São Sebastião, Recanto das Emas e Riacho Fundo, que, entre 1991 e 2006, tiveram um aumento populacional acima de 600%.
Centro do poder e da burocracia federal, o DF recebe constante afluxo de pessoas de todos os estados brasileiros e de outras nações. Atrai também místicos - muitos deles construíram nas imediações templos de diversas religiões e seitas. Essa diversidade cultural, que permite encontrar os mais variados sotaques, costumes e comidas típicas, é a característica marcante da cidade.

Hidrografia de Brasília

Rios que correm no Distrito Federal e as bacias a qual compõem:



O rio Paranoá, por sua vez, é formado pelos córregos Torto, Bananal, Fundo e Gama. O represamento deste rio veio a formar um lago com 400 km² de área, no qual foi construída a Hidrelétrica do Paranoá, responsável por parte da energia consumida em Brasília.

Vegetação de Brasília



Os cerrados brasileiros são as savanas mais ricas do mundo, com sua variedade de climas, solos e sua grande diversidade genética, que se reflete na formação de ecossistemas únicos. O Distrito Federal encontra-se no centro desse complexo de vegetação, que ocupa quase um quarto da superfície do país. Possui em sua área todos os tipos de vegetação normalmente englobados no termo cerrado: as matas ciliares ou de galeria, encontradas ao longo dos rios e riachos e de grande importância na manutenção dos mananciais de água; o cerrado propriamente dito, com pequenos arbustos e árvores retorcidas, de casca grossa e distribuídas esparsamente pelo solo coberto de gramíneas; o cerradão, vegetação de transição entre o cerrado e a mata, porém mais densa e com árvores mais copadas que o cerrado; e os campos, onde predominam as gramíneas.

Clima de Brasília


De acordo com a classificação de Koppen, o clima do DF se enquadra entre os tipos tropical de savana e temperado chuvoso se inverno seco. Existem duas estações bem definidas: uma chuvosa e quente, que normalmente se prolonga de outubro a abril, e outra fria e seca.

Com uma temperatura média anual de 21ºC, o clima se apresenta quente e sub-úmido, ameno devido às altitudes.

As chuvas que atingem um índice de aproximadamente 1.675mm/ano distribuem-se de maneira especial em dois períodos. O primeiro, de maio a setembro chovendo em média 50mm, predominando a seca rigorosa. O período chuvoso inicia-se em outubro prolongando-se até abril, sendo que, durante os meses de dezembro a março as chuvas são bem mais freqüentes, 80% das chuvas anuais ocorrem nestes meses.

A Construção de Brasília

A primeira sede administrativa do Brasil foi São Salvador ..; (atualmente Salvador), onde funcionou de 1578 até 1763, transferida posteriormente para o Rio de Janeiro. Entretanto, desde o início da colonização a idéia de uma capital no interior esteve sempre presente. Apesar da falta de evidências, credita-se a originalidade da idéia ao Marquês de Pombal (1699-1782), que desejaria, então, uma capital inexpugnável, não apenas para a colônia, mas de todo o reino português.

Em 1808, a corte portuguesa refugiou-se no Rio de Janeiro. Em 1809, William Pitt, primeiro-ministro do Reino Unido recomenda, por motivos de segurança, a construção de uma Nova Lisboa no Brasil central.

A partir de 1813, Hipólito José da Costa, em repetidos artigos de seu Correio Braziliense, reivindicava "a interiorização da capital do Brasil, próxima às vertentes dos caudalosos rios que se dirigem para o norte, sul e nordeste".

Em 1821 José Bonifácio preparou a minuta de reivindicações da bancada brasileira para a parecer da comissão encarregada da redação de aditamentos à constituição. Acredita-se que tais reivindicações inspiraram a publicação em 1822 de um in-fólio sob o título de "Aditamento ao projeto de Constituição para fazê-lo aplicável ao reino do Brasil", em que se sugere "no centro do Brasil, entre as nascentes dos confluentes do Paraguai e Amazonas, fundar-se-á a capital desse Reino, com a denominação de Brasília".

O arquiteto Oscar Niemeyer foi escolhido para chefia do Departamento de Urbanística e Arquitetura, sendo encarregado de abrir concurso para escolha do plano-piloto; assim, em março de 1957, uma comissão julgadora constituída por sir William Halford, Stano Papadaki, André Sive, Oscar Niemeyer, Luís Hildebrando Horta Barbosa e Paulo Antunes Ribeiro escolheu o projeto do arquiteto Lúcio Costa.

No dia 02 de outubro de 1956, em campo aberto, o presidente Kubitschek assinou o primeiro ato no local da futura capital, lançou então a seguinte proclamação: "Deste planalto central desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino."

No mesmo ano iniciaram-se os trabalhos de construção. Formou-se o Núcleo Bandeirante, onde se permitia maior liberdade à iniciativa particular e foi batizado com o nome de "Cidade Livre". Especialmente do Nordeste, Minas Gerais e Goiás, principiaram chegar levas de trabalhadores. Os primeiros candangos.

Vista aérea da Esplanada dos Ministérios. Ao fundo, a Plataforma Rodoviária e o edifício do Hospital de Base.
construção de BRASÍLIA[








"Marco Zero" no ano de 1957. Em primeiro plano , o local da Plataforma Rodoviária. Em segundo plano, o local onde surgirão os Ministérios e o Congresso.

Construção de Brasília